Situado em contagem e estrategicamente plantado na “porta de entrada” da região metropolitana de belo horizonte, o terreno destinado à implantação do complexo multifuncional está localizado onde a atividade industrial destaca-se com vigor dentro da região urbana da cidade.
O conceito de multifuncionalidade e a escolha de um terreno assumidamente deslocado do centro de adensamento urbano, pontuam as considerações do urbanismo contemporâneo e estão amplamente assimilados, sendo encarados como geradores de uma nova centralidade, atendendo assim a necessidade da diversidade urbana pautada pelo convívio positivo de funções distintas e desempenhadas simultaneamente, contribuindo como solução para a melhoria da mobilidade urbana, na medida em que reduz os deslocamentos dentro da cidade e, decisivamente, empenhando recursos em favor da sustentabilidade da Região Metropolitana de BH.
A integração de diversas funções, dentre as quais se destacam três torres corporativas de altíssimo padrão, um hotel, um shopping de mall aberto e um edifício institucional, resulta em um destino para uma ampla gama de visitantes.
O sítio apresenta-se fartamente conectado ao tecido urbano, com testadas voltadas para três vias públicas – duas destas de grande relevância para as tramas viárias, local e metropolitana.
Para resolver e facilitar a integração do programa de projeto, a implantação tira partido da topografia em ligeiro declive, e propõe a articulação entre as diferentes funções por meio de esplanadas e praças de uso público, criadas em diferentes níveis, e garantindo a possibilidade de circulação e atravessamento do empreendimento a partir das três vias de acesso. Pretende-se também que os percursos criados sejam dinâmicos de forma a proporcionar sempre uma deambulação pelo complexo, percebendo o seu caráter multifacetado não só no que diz respeito à diversidade do programa proposto, mas também no apelo e interesse que o imponente conjunto arquitetônico desperta.
O paisagismo proposto para os espaços de uso público contempla amplas áreas vegetadas, espelhos d’água, decks e iluminação de efeito, valorizando a magnitude do complexo i gerando impacto visual.

Dentro das condicionantes existentes no plano diretor e na lei de uso e ocupação do solo de contagem, foi buscado o uso de potencial construtivo máximo permitido para a área incluindo a compra de potencial construtivo adicional mediante uso do instrumento de outorga onerosa.
As edificações foram pensadas de modo a gerar forte Imagem de conjunto, formando um todo coeso e plenamente aptas para receber usos diversos, de maneira modulada e flexível.
A implantação foi pensada de modo a obter a melhor insolação para as edificações, garantindo grandes afastamentos entre as torres utilizaram ainda sistemas complementares de proteção da incidência solar, como brises e bandejas de luz. as lajes superiores foram tratadas com o conceito de “telhado verde” com cobertura vegetal e materiais claros e absortivos, visando menor propagação de calor para o meio ambiente.